A paisagem limiar: Gênese Vampírica

Ficção histórica que se passa nos bastidores da História Humana. Segue os eventos resultantes do conflito entre poderosas facções de humanos e não humanos. As pessoas comuns apenas sofrem os efeitos colaterais dessa guerra oculta. A narrativa tem como cenário muitas locações reais pelo mundo e retrata várias épocas em contexto a eventos bem documentados por historiadores. Alguns pontos do planeta que vocês visitarão ao imergir na leitura:Itatiaia – Brasil;Azurara – Portugal;Torquemada – Espanha;Roma – Itália;Ilha de Mann – Reino Unido.Istambul – Turquia Os personagens são reinterpretações de figuras históricas adaptadas para desenvolver o enredo. Os fenômenos extraordinários que sustentam a construção de realidade, tecnologia e ação dentro do universo apresentado são limitados a um arcabouço de plausibilidade científica. As Teorias físicas que funcionam nesse mundo existem no nosso, apenas são acrescidas com algumas liberdades imaginativas. São especulações educadas que conferem ao romance uma de suas facetas; ter sabores de ficção científica com pitadas de fantasia.Uma academia secreta e sigilosa, surgida no império Romano e mencionada em círculos restritos apenas como “A Gnosofia”, incumbiu-se o dever de preservar conhecimentos científicos e arcanos. Sempre se opôs à Confraria da Mão Morta; uma organização oligárquica ancestral que mantém o domínio sobre a maioria da humanidade através de manipulações metafísicas e religiosas. Seu principal mecanismo de aliciamento são as chamadas gaiolas perceptivas. Tecnicamente, são configurações cognitivas projetadas para cultivar e instrumentalizar a credulidade humana. Essas estruturas neurais são cuidadosamente moldadas desde o nascimento, atrofiando o desenvolvimento natural da mente. O que limita a pessoa a só perceber aquilo em que acredita, quer isso seja real ou não.A Academia Gnosófica herdou esse legado combativo de uma seita gnóstica cristã minoritária conhecida como astanfitas. Pertencente ao mesmo braço herético responsável pelos ofitas e caimitas. Devido ao número extremamente reduzido de seguidores, pôde passar incógnita até proximamente o séc. IX, quando foi cruel e sigilosamente exterminada nos alvores da inquisição. Antes de assumir suas feições gnósticas, fazia parte das dissidências judaicas do período pré-cristão. Surgiu como uma resposta heterodoxa à outra seita cismática que marcou essa época com seu fundamentalismo austero: os essênios. Estes se referiam aos astanfitas como os inimigos da fé e da verdade. Um título que eles não rejeitavam de todo; pois, revelavam uma notável concordância com os filósofos céticos. Alertavam que a mente sem ilusões não tem certezas ou verdades. A inteligência honesta duvida. Mais tarde, resumiriam: “Toda gnose possível é dúvida rigorosa”.A Confraria da Mão Morta tem como asseclas uma categoria de seres abiológicos que parasitam os humanos. São vulgarmente chamados de vampiros. Muitos relatos míticos tencionam descrever a autêntica origem da linhagem vampírica. Entre muitas culturas, a judaico-cristã também possui suas versões da lenda, mas nenhuma delas está disponível nos textos canônicos. Felizmente, alguns livros com esse teor sobreviveram e hoje são conhecidos como apócrifos. É num raro e reduzido grupo destes que encontramos uma obra magnífica e sem precedentes, revelada entre os manuscritos de Hagia Sophia. Consiste numa versão gnóstica do Livro do Gênese. Os historiadores catalogaram esse códice com o título de “O Livro de Astanfeus”.