A Noiva da Revolução: O romance da República de 1817

“Um livro para ler, guardar, e pensar nele sempre” (Renato Pompeu, Caros Amigos).

“Por meio desta ficção conhecemos uma genuína luta pela emancipação brasileira” (Ana Lúcia Trevisan, Carta Capital).

“Uma lição de História e uma história de amor. Melhor, impossível” (Clotilde Tavares, Tribuna do Norte).

Este romance trata do caso de amor proibido entre Maria Teodora da Costa, uma jovem pernambucana filha de um português muito rico, e do comerciante capixaba Domingos José Martins, em meio à “única revolução que merece este nome, no Brasil” (Oliveira Lima).

Cinco anos antes do sete de setembro, o movimento patriótico e republicano nordestino de 1817 deu aos brasileiros, pela primeira vez, governo próprio, constituição, bandeira, exército, marinha e embaixador no exterior (Cruz Cabugá, nos Estados Unidos), além de fazer valer os princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamados recentemente na França. Das Alagoas ao Ceará pôs a gente do povo em pé de igualdade com os poderosos, anunciou o fim da escravidão e chegou a planejar o resgate de Napoleão dos rochedos de Santa Helena.

No meio desse torvelinho, a paixão de Domingos e Maria Teodora, até então proibida, pôde, enfim, se concretizar. O seu casamento foi talvez o mais importante que já houve no País, do ponto de vista político. E, com certeza, o mais comemorado pelo povo, embora tenha sido breve e acabado de forma violenta, juntamente com os novos tempos que anunciava. A repressão àquele movimento foi terrível, e, além de fazer milhares de vitimas, também cuidou, ao longo do tempo, de apagar transformar sua memória em “desmaiadas lembranças”, como nos versos do poeta Carlos Pena Filho. Mas ela é recuperada por este admirável romance, onde tudo que é narrado de fato aconteceu.

Lançado em 2007, no Brasil e em Portugal, este livro foi classificado pelo grande historiador Denis Bernardes, PHD, especialista neste período histórico, como “sem favor, o melhor livro já escrito sobre 1817”. E teve grande influência na inserção de duas datas no calendário oficial de Pernambuco: o dois de abril, Dia da Bandeira, por decreto do Governo do Estado; e o seis de março, a Data Magna estadual, por iniciativa da Assembleia Legislativa.

Paulo Santos de Oliveira, jornalista, é também autor de “O General das Massas”, romance premiado pela Academia Pernambucana de Letras, que narra a trajetória de José Inácio de Abreu e Lima, único brasileiro inscrito entre os Libertadores da América Hispânica, companheiro de lutas de Simón Bolívar; e de uma versão atualizada de “A Guerra dos Mascates”, de José de Alencar, cujo tema é a Revolução Pernambucana de 1710.