A Nascente das Pedras de Fogo
Por José Humberto da Silva Henriques Esse livro é obra prima.
Toda palavra sobre ele, qualquer tipo de crítica, deve começar com esse detalhe. Um romance desse porte, raridade dos dias contemporâneos, faz gosto ao leitor contumaz ou a qualquer consumidor de literatura em prosa, por mais exigente ele seja. A magnífica obra de JH Henriques causa mesmo um susto em que lê. Trata com humor, escárnio, ironia e mordacidade – sem jamais esquecer a sua verve lírica, esta que ele jamais abandonou – toda uma situação e uma sociedade cuja degeneração se anuncia de maneira peremptória. Uma degeneração e sofrimento que poderiam ser chamados de inexoráveis.
A Nascente das Pedras de Fogo trata da cumplicidade do absurdo com o progresso tecnológico e a ascensão de um mundo que pretende ser moderno e competitivo em todas as suas reentrâncias. No meio dessa enxúndia, desse reconhecimento de que o mundo de agora é muito distinto do mundo de antanho, as personagens mais se parecem com fantasmagorias vivas. Criaturas inocentes em demasia, todas elas deslocadas de uma realidade que lhes parece fugidia ou que jamais foi alcançada. Pedro Honório, o patriarca dessa família, homem de bem e revestido de honras e dignidades, de repente se vê corroído por um tempo que não consegue sequer imaginar.
De uma forma que poderia ser chamada de magmática, José Humberto Henriques trata desse tema com a maestria que engole o leitor a cada página. O amargo de todas as questões e suas evoluções circunjacentes torna-se diluído de acordo com a evolução da trama; ela passa por um resumo absurdo e sempre repetitivo, de acordo com a ampliação do mundo de cada personagem e sua individualidade revelada. O romancista sabe fazer isso com a perfeição dos grandes romancistas modernos. Muitos de seus romances tratam desse tipo de assunto, porém, nenhum deles o fez com a grandeza desse A nascente das Pedras de Fogo. Sozinho, sem o elenco ou constelação que o rodeia, esse livro seria suficiente para consagrar qualquer escritor.
O contraste entre um mundo antigo e que não quer ceder e o futuro causa o impacto do todo, de tal forma que esse leitor engolido não consegue parar de engolir, por sua vez, o texto e sua magia. É tão alarmante e próximo da realidade esse absurdo que é vivido dentro do texto, que uma curiosidade expansiva toma conta do leitor à medida que mais absurdos vão se sucedendo. De tal maneira é esse recado dado, todas as personagens auferem de si e para si mesmas uma amostragem de individualidade integral. Cada uma demonstra a que veio, de uma forma sempre verossímil. O absurdo não consegue desmantelar tudo que uma alma humana é capaz de albergar. Esse é um romance de cunho introspectivo. Tudo nele conspira para a análise aprimorada do comportamento humano diante de todos os tipos de circunstâncias a que poderia ser submetido. Porém, é na figura central do trio, Pedronório, Timarco e Bilica, que tudo gira e deflagra as angústias e alegrias de um mundo que parece flutuar.
De tal maneira é inventiva a trama e impactante, que ninguém sai inerme de um livro assim, sem somar uma peça literária inominável ao conteúdo de uma vida que poderia deveras ser um marco no Universo. O autor tomou uma cidade do Triângulo Mineiro para executar esta obra-prima. Os relevos são muito sintomáticos. Os aspectos geográficos e históricos, igual forma. As fronteiras entendidas com uma cidade pujante e que se aproxima muito do estado de Goiás. Tomando todas elas e dando uma peneirada no assunto, fica evidente que a cidade é Uberlândia, embora no romance seu heterônimo seja bem outro. Assim, parece também ser muito lúcida esta aproximação e logradouros com a razão estampada no processo de criação. Uberlândia com sua grandeza graúda.
Não há autor que construa algo assim e que não esteja a beirar a genialidade legítima – a única que se legitima deveras – dentro do processo de criação. Esse livro traz no seu todo uma revelação cheia de novidades na moderna Literatura Brasileira.
Toda palavra sobre ele, qualquer tipo de crítica, deve começar com esse detalhe. Um romance desse porte, raridade dos dias contemporâneos, faz gosto ao leitor contumaz ou a qualquer consumidor de literatura em prosa, por mais exigente ele seja. A magnífica obra de JH Henriques causa mesmo um susto em que lê. Trata com humor, escárnio, ironia e mordacidade – sem jamais esquecer a sua verve lírica, esta que ele jamais abandonou – toda uma situação e uma sociedade cuja degeneração se anuncia de maneira peremptória. Uma degeneração e sofrimento que poderiam ser chamados de inexoráveis.
A Nascente das Pedras de Fogo trata da cumplicidade do absurdo com o progresso tecnológico e a ascensão de um mundo que pretende ser moderno e competitivo em todas as suas reentrâncias. No meio dessa enxúndia, desse reconhecimento de que o mundo de agora é muito distinto do mundo de antanho, as personagens mais se parecem com fantasmagorias vivas. Criaturas inocentes em demasia, todas elas deslocadas de uma realidade que lhes parece fugidia ou que jamais foi alcançada. Pedro Honório, o patriarca dessa família, homem de bem e revestido de honras e dignidades, de repente se vê corroído por um tempo que não consegue sequer imaginar.
De uma forma que poderia ser chamada de magmática, José Humberto Henriques trata desse tema com a maestria que engole o leitor a cada página. O amargo de todas as questões e suas evoluções circunjacentes torna-se diluído de acordo com a evolução da trama; ela passa por um resumo absurdo e sempre repetitivo, de acordo com a ampliação do mundo de cada personagem e sua individualidade revelada. O romancista sabe fazer isso com a perfeição dos grandes romancistas modernos. Muitos de seus romances tratam desse tipo de assunto, porém, nenhum deles o fez com a grandeza desse A nascente das Pedras de Fogo. Sozinho, sem o elenco ou constelação que o rodeia, esse livro seria suficiente para consagrar qualquer escritor.
O contraste entre um mundo antigo e que não quer ceder e o futuro causa o impacto do todo, de tal forma que esse leitor engolido não consegue parar de engolir, por sua vez, o texto e sua magia. É tão alarmante e próximo da realidade esse absurdo que é vivido dentro do texto, que uma curiosidade expansiva toma conta do leitor à medida que mais absurdos vão se sucedendo. De tal maneira é esse recado dado, todas as personagens auferem de si e para si mesmas uma amostragem de individualidade integral. Cada uma demonstra a que veio, de uma forma sempre verossímil. O absurdo não consegue desmantelar tudo que uma alma humana é capaz de albergar. Esse é um romance de cunho introspectivo. Tudo nele conspira para a análise aprimorada do comportamento humano diante de todos os tipos de circunstâncias a que poderia ser submetido. Porém, é na figura central do trio, Pedronório, Timarco e Bilica, que tudo gira e deflagra as angústias e alegrias de um mundo que parece flutuar.
De tal maneira é inventiva a trama e impactante, que ninguém sai inerme de um livro assim, sem somar uma peça literária inominável ao conteúdo de uma vida que poderia deveras ser um marco no Universo. O autor tomou uma cidade do Triângulo Mineiro para executar esta obra-prima. Os relevos são muito sintomáticos. Os aspectos geográficos e históricos, igual forma. As fronteiras entendidas com uma cidade pujante e que se aproxima muito do estado de Goiás. Tomando todas elas e dando uma peneirada no assunto, fica evidente que a cidade é Uberlândia, embora no romance seu heterônimo seja bem outro. Assim, parece também ser muito lúcida esta aproximação e logradouros com a razão estampada no processo de criação. Uberlândia com sua grandeza graúda.
Não há autor que construa algo assim e que não esteja a beirar a genialidade legítima – a única que se legitima deveras – dentro do processo de criação. Esse livro traz no seu todo uma revelação cheia de novidades na moderna Literatura Brasileira.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): José Humberto da Silva Henriques
- ASIN: B01M4QDJNN
- Idioma: Português
- Tamanho: 2320 KB
- Nº de Páginas: 460
- Categoria: Romance
Amostra Grátis do Livro
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