A Lenda da Yara: Yara também conhecida como Mãe D’agua

O Livro fala de uma lenda indígena Amazônica muito conhecida dos ribeirinhos, mas que difere em particular no município de Igarapé-Miri, Estado do Pará, já que seu personagem principal é diferente em relação ao que fala a lenda em outros lugares da Amazônia. A lenda fala de uma índia, que virou mãe dos rios e lagos da Amazônia e que tem o poder de encantar as pessoas que são vistas por ela, mas se as pessoas a virem primeiro, seu encanto não os alcançará. Entretanto essa mesma lenda é contada da mesma forma no Município de Igarapé-Miri, mas tendo o seu personagem central não como uma índia nativa da Amazônia, porem uma loira o que deixa o personagem europeizado, aí a diferença significativa que torna a história interessante. Para isso foi criada uma história fictícia (como toda lenda), como forma de argumentar o fenômeno.
O livro tem como maior interesse, servir de estímulo para a leitura de crianças e jovens de idade estudantil e ao mesmo tempo, apresentar o mítico amazônico como cultura regional e como parte da crendice popular da Região Norte do Brasil.
A história se desenrola em uma aldeia indígena (fictícia) dos Soryas, onde Yariacy se transforma em sacerdotisa através de uma profecia que estava vaticinada sobre seu povo, com o decorrer do tempo se torna uma pessoa egoísta, prepotente e dominadora. Na aldeia nasce Yguá, uma índia protegida de Tupã, que não mais se agrada de Yariacy sua primeira protegida. Yariacy passa a perder o seu poder e culpa a Yguá porque todos a achavam bela e amorosa. Corroída pela inveja e ciume, com medo de perder o seu status junto a tribo, busca através da feitiçaria dos Anhangás (demônios da floresta) a eliminar Yguá do mundo dos vivos, porem Tupã defende sua protegida e faz com que a maldade de Yariacy se volte contra ela mesma tornando-a deformada e mudando o seu nome para Yara, a Mãe D’Água, como também é conhecida pelos interioranos ou ribeirinhos da Amazônia, deformando-a (sendo esse o motivo de não mostrar o seu rosto) e condenando-a a viver eternamente nos lagos, lagoas e rios, assombrando as pessoas que por acaso não a vejam antes dela os ver.
J. Santiago – Autor.