À Flor da Pele: Contos de Amor Hot

A literatura erótica, assim como qualquer outro subgênero, deve ser trágica, cômica, poética: deve ser Literatura com L maiúsculo. Sempre digo que não existe literatura menor, existe, sim, livros ruins, mal escritos, de mal gosto. O mesmo eu digo dos livros de terror, policial, românticos; boa literatura é aquela que enleva, captura a atenção, nos envolve até não percebermos as horas passarem; que usa recursos da linguagem de forma a aprofundar os significados e os ritmos. Enfim, não existe literatura maior ou menor quando o autor pesquisa, se aprofunda no tema, na linguagem, na historicidade de seu tema e, acima de tudo, não se contenta com menos do que um provável best-seller.
Nestas dezessete histórias aqui reunidas, você leitor, terá, com certeza, horas de prazer e diversão, além de poder apreciar o estilo único de cada um dos autores selecionados.
Solte-se e deixe aflorar a paixão e a sensualidade que traz, muitas das vezes, sufocadas pelo preconceito e medos infantis e, por algumas horas “Perca o Controle” e deixe vir “À flor de sua Pele” toda a paixão e sensualidade, sem medos, sem dor, sem culpas.
Para ter uma ideia do vem ai, saboreie um trecho do conto “À Flor da Pele” de Janaina Rico, nossa Convidada Especial.
Miranda May

À Flor da Pele por Janaina Rico

Aquela moça chegou bem tímida. Olhou com um jeitinho desconfiado, de quem não sabia o que faria ali, mas prosseguiu. Tinha ido muito longe para desistir do que queria.
Os dois tinham se correspondido por meses na internet. E já tinham combinado muito direitinho o que rolaria. Não havia mais o que encantar nem o que seduzir. Já estavam encantados e seduzidos um pelo outro.
Só de olhar para ela, ele já estava excitado. E com aquela carinha de assustada ela ficava ainda mais sexy. Nossa, que sorriso! Que decote!
Que linda!
E começaram a se beijar. No começo foi meio sem jeito, sem saber o que fazer com as mãos. Mas depois se encaixaram perfeitamente e não se largaram mais. Os lábios de um tinham sido feitos para o outro, e esfregavam suas línguas numa volúpia enlouquecida.
E além da cara de menina tímida ela não tinha mais nada. Dos seus olhos saía desejo e suas mãos passeavam por todo o corpo dele.
Largou a boca do rapaz e começou a descer. Beijou o seu pescoço, sentindo o cheiro da loção pós-barba, enquanto desabotoava a camisa dele.
Continuou beijando o seu corpo e foi passeando pela sua barriga.
Sentiu os pelos que desciam do umbigo e foi com os dentes que abriu a calça do rapaz.
Passeou com a língua por toda a sua extensão, se permitindo que o calor que saía do corpo dele entrasse no seu. Lambeu com volúpia tudo aquilo que lhe era ofertado e, sem pensar no que fazia, abocanhou de uma só vez aquele membro à sua frente, que parecia lhe implorar para que esse fosse realmente o próximo passo.
Não raciocinou, apenas deixou que sua língua fizesse o caminho de ida e volta em cima da pele quente e saborosa, enquanto ele soltava urros de prazer, indicando que o percurso feito pela moça estava correto.
Sorrindo, fez com que ele chegasse ao máximo de prazer. E adorou sentir o gosto daquele rapaz. Com quem só havia conversado pela internet.
— Tenho meia garrafa de vinho e muito desejo. O que você pretende fazer comigo?