A Feira

Até que ponto a sinceridade humana pode ir em busca de uma evolução psicológica? Até que ponto o egoísmo humano é uma ficção ou realidade? O conto A Feira traz dentro de suas páginas a busca de entender essas questões. Um olhar o mundo como ele é ou está. Sem fantasias ou tentativas de mentir para si mesmo. E a partir daí, conseguir mais chances de uma real mudança humana, psicológica. Em um período de epidemias mentais, transtornos mentais de todos os tipos e um egoísmo sendo implantado e fortificado nas mentes de todos, cabe a cada um, o constante cuidar de si mesmo e dos seus próximos, observando como a personalidade humana é fácil de se confundir e cair em erros coletivos. Tudo isso pode ser visto nesse conto, onde uma feira da periferia da capital da Paraíba, Estado do Brasil, é usada como um pequeno resumo do mundo em que vivemos. Uma visão de um pandemônio que é criado na feira depois de um roubo de uma carteira.

Heróis, bandidos, vítimas em um misturar de arquétipos anônimos. Que podem ser encontrados no canto mais longínquo do terceiro mundo ou no país mais nobre da Europa. Pessoas vítimas do seu ego e do egoísmo coletivo. Armadilhas psicológicas montadas a cada esquina à espera de um desatento psicológico. É o que carrega cada personagem e os ambientes onde nossa história acontece. A Feira e sua infinidade de ações se conectando às pessoas e tudo isso tornando um grande organismo vivo.

Uma história sem nenhum cuidado de fazer sorrir ou chorar. Um mostrar a convivência do trágico e do cômico sem pudor. Um retrato do mundo interno das pessoas e de um mundo que é esquecido ou não querem ver. A Feira traz para todos a dor que o ego cria, e só quem é sincero para reconhecer, consegue chances de melhor se proteger e escapar. E em um melhor momento, poder ajudar.