Esse romance de estréia de J. Humberto Henriques traduz a concepção do que seria toda a obra posterior desse autor prolífico. Publicado originalmente com o nome de Geomorfosintaxe do Riso, o livro causou estranheza nos meios de comunicação de massa e entre o público em geral, exatamente pelo fato de parecer hermético e de leitura difícil em demasia. Henriques dividia o romance em três partes desiguais, uma que tratava da banda Geo, outra da banda Morfo e outra da banda Sintaxe da existência. De um modo mais sucinto, a primeira parte seria rural, a segunda seria urbana e a terceira reincorpora a parte rural e chega à urbana, atinge um ápice de atitude e correção até que as duas partes sejam uma apenas. Tudo se reintegra.
Nesse romance, todo ele construído com a falta de linearidade que contempla a prosa universal moderna, nada é temporal. J Humberto Henriques remexe com a estrutura do romance, desconstrói tudo com a força do grande criador. Isso poderia ser chamado, em dias de hoje, de romance gauche, como existiu no passado muitas obras com esse referendum. O salto que esse romance propõe dentro da literatura brasileira é enorme.
Aqui estão reunidas várias vertentes da literatura. Essa divisão que muitas vezes tem o denodo da articulação simplesmente escolástica, didática, nesse romance obedece a um ritmo sem pragmatismo declarado. Entretanto, aqui está reunido o romance como um todo e dentro dele, a poesia, o conto, a dramaturgia, o ensaio, a crônica e a novela. Por essa razão, quando lido com a atenção que uma grande obra exige, pode ser lembrado o romance como obra genial. O impacto inicial da leitura tida como hermética vai se arrefecendo devagar, sempre à medida que se direciona a leitura para as suas tangencias mais importantes. Muitas vezes a releitura é necessária para a devida compreensão dos objetivos maiores do autor, exatamente o ensejo de promover a novidade dentro da prosa.
A condensação dentro do texto é máxima. Trata-se de uma verdadeira saga, porém, pouco percebida porque o livro enxuga a prosa, reverencia o valor da palavra, como se ainda a verificasse sob condições malarmaicas. A personagem principal, um certo Nhico, que muitos veem como alter ego do autor, perambula por todo o romance, inicia a descrição e a termina de uma maneira escandida. Zanza de lado a lado até encontrar a alma gêmea. O amor é o ponto alto e nevrálgico desse livro, a ponto de tudo ser cumulativo em sua direção. O encontro dessa mulher, uma certa Michelle, protótipo do bom gosto e da beleza, faz da personagem em sua faceta masculina um verdadeiro encontro de felicitações. O livro não se resume a isso. Seria muito simplório para um texto criado pela força de JH Henriques, um dos maiores romancistas vivos do mundo moderno.
No dizer de Duílio Gomes, o grande mineiro de Belo Horizonte, esta obra de Henriques é impar. Assim comentou Duílio no prefácio da primeira edição desse romance. “A linguagem, que lembra às vezes Guimarães Rosa mas é extremamente pessoal, revela a maturidade do autor e detona seu longo fôlego nesse mergulho fundo ao universo rural de “Geomorfosintaxe do Riso”. O processo criativo nos remete ao melhor de Cortazar e Gabriel Garcia Márquez – é circular, complexo, morde a própria cauda e se estilhaça em várias opções de leitura. Os personagens, dezenas deles, passeiam no fio da navalha e trazem códigos pessoais que irão determinar suas preferências e raízes sócio-econômicas.
O autor é pendular entre a reflexão (com citações que irão mostrar sua cultura literária) e a narrativa, que pode estar tanto na primeira como na terceira pessoa. Essa narrativa, quando da primeira pessoa, alterna-se entre o masculino e o feminino. A arte de narrar, em José Humberto Henriques, é o seu grande trunfo. Sua análise clara da alma e da mente dos personagens – assim como algumas terminologias do ramo – desnudam, diante do leitor, o médico profissional que ele é. Seu bisturi literário é preciso. Seu estilo, precioso.”
Nesse romance, todo ele construído com a falta de linearidade que contempla a prosa universal moderna, nada é temporal. J Humberto Henriques remexe com a estrutura do romance, desconstrói tudo com a força do grande criador. Isso poderia ser chamado, em dias de hoje, de romance gauche, como existiu no passado muitas obras com esse referendum. O salto que esse romance propõe dentro da literatura brasileira é enorme.
Aqui estão reunidas várias vertentes da literatura. Essa divisão que muitas vezes tem o denodo da articulação simplesmente escolástica, didática, nesse romance obedece a um ritmo sem pragmatismo declarado. Entretanto, aqui está reunido o romance como um todo e dentro dele, a poesia, o conto, a dramaturgia, o ensaio, a crônica e a novela. Por essa razão, quando lido com a atenção que uma grande obra exige, pode ser lembrado o romance como obra genial. O impacto inicial da leitura tida como hermética vai se arrefecendo devagar, sempre à medida que se direciona a leitura para as suas tangencias mais importantes. Muitas vezes a releitura é necessária para a devida compreensão dos objetivos maiores do autor, exatamente o ensejo de promover a novidade dentro da prosa.
A condensação dentro do texto é máxima. Trata-se de uma verdadeira saga, porém, pouco percebida porque o livro enxuga a prosa, reverencia o valor da palavra, como se ainda a verificasse sob condições malarmaicas. A personagem principal, um certo Nhico, que muitos veem como alter ego do autor, perambula por todo o romance, inicia a descrição e a termina de uma maneira escandida. Zanza de lado a lado até encontrar a alma gêmea. O amor é o ponto alto e nevrálgico desse livro, a ponto de tudo ser cumulativo em sua direção. O encontro dessa mulher, uma certa Michelle, protótipo do bom gosto e da beleza, faz da personagem em sua faceta masculina um verdadeiro encontro de felicitações. O livro não se resume a isso. Seria muito simplório para um texto criado pela força de JH Henriques, um dos maiores romancistas vivos do mundo moderno.
No dizer de Duílio Gomes, o grande mineiro de Belo Horizonte, esta obra de Henriques é impar. Assim comentou Duílio no prefácio da primeira edição desse romance. “A linguagem, que lembra às vezes Guimarães Rosa mas é extremamente pessoal, revela a maturidade do autor e detona seu longo fôlego nesse mergulho fundo ao universo rural de “Geomorfosintaxe do Riso”. O processo criativo nos remete ao melhor de Cortazar e Gabriel Garcia Márquez – é circular, complexo, morde a própria cauda e se estilhaça em várias opções de leitura. Os personagens, dezenas deles, passeiam no fio da navalha e trazem códigos pessoais que irão determinar suas preferências e raízes sócio-econômicas.
O autor é pendular entre a reflexão (com citações que irão mostrar sua cultura literária) e a narrativa, que pode estar tanto na primeira como na terceira pessoa. Essa narrativa, quando da primeira pessoa, alterna-se entre o masculino e o feminino. A arte de narrar, em José Humberto Henriques, é o seu grande trunfo. Sua análise clara da alma e da mente dos personagens – assim como algumas terminologias do ramo – desnudam, diante do leitor, o médico profissional que ele é. Seu bisturi literário é preciso. Seu estilo, precioso.”
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): José Humberto da Silva Henriques
- ASIN: B01MEE556T
- Idioma: Português
- Tamanho: 1253 KB
- Nº de Páginas: 297
- Categoria: Romance
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro A Costura do Riso, escrito por José Humberto da Silva Henriques. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.