A Chaminé: Contos & fantasias de Natal

Este livro é como se fosse uma árvore que foi crescendo, florescendo,e germinando e vingando os frutos que vem fazendo parte de meus sonhos e fantasias sobre o natal, desde quando pequenino aguardava com ansiedade esta data, que era o raro momento do ano em que podia ganhar um presente.
Eu era um menino de uma família numerosa e pobre, vivíamos com muitas dificuldades, e geralmente o presente de natal era generosamente ofertado pela Companhia de Papel Pirahy, para os filhos e filhas dos operários até o limite de 10 anos de idade.
O dia da entrega dos presentes e o sorteio de presentes especiais, tais como, bicicletas ou instrumentos musicais era ansiosamente aguardado pelas crianças.
Um dia, já como estudante de medicina, bem franzino para um típico papai Noel, resolvi me fantasiar, enchi uma sacola de simples brinquedos e fiz a festa dos sobrinhos, irmãos e cunhados. Foi um Natal inesquecível, o de 1978.
Estas narrativas bem que poderiam se encaixar em histórias de natais passados, e jamais poderia imaginar um dia escrevendo um livro para falar de natais de tantos meninos e meninas que ainda vivem esta magia, inspirados no menino-Deus, Jesus Cristo.
Os meus poemas, contos e crônicas têm forte conotação social e a influência de escritores como Charles Dickens e Leon Tolstoi.
A ideia de publicar este livro com uma seleção de meus contos de fantasias de Natal, é um sonho que há muito acalentava.
Assim espero que os leitores possam encontrar nestas páginas uma oportunidade para refletir o significado do Natal, que ocupa um lugar especial na magia e fantasia das crianças, embora com uma conotação comercial da exploração capitalista da imagem do menino-Deus para fins de lucro e como objeto de consumo.
O verdadeiro símbolo do Natal, cada um pode encontrar em seu próprio coração, no amor que transcende épocas, espaços, etnias, classes sociais. Este amor tem no grande personagem do Natal, o menino Jesus, o símbolo maior de doação, entrega e redenção em prol da humanidade.
“A maior herança que podemos deixar na escola terrena é a lembrança de cada ato, gesto ou atitude que marque nossa curta passagem. Se eles estavam imersos no amor, na bondade, na generosidade e no altruísmo, decerto serão também os pilares de nosso aprendizado que levaremos conosco para a próxima etapa de nossa evolução espiritual. ”

Alberto Jose de Araujo, poeta humanista,
Natal de 2016.