A casa okupa

Cada dia é uma batalha contra os elementos: Às vezes a prezada polícia aparece, às vezes alguns skinheads quebram as janelas, ou é mais uma vez a Sra. Steinmöller do outro lado da rua que observa tudo com seus binóculos de ópera.
As vantagens da casa okupa: Ninguém paga aluguel e a alimentação é quase gratuita. Consiste em sobras do mercado semanal e ovos postos pelas galinhas que os okupas criam no quintal.
As desvantagens: A prefeitura cortou o abastecimento de água e cada gota tem que ser carregada pelas escadas em galões. Não tem coleta de lixo e os correios estão proibidos de entregar.
Além disso, aparece o Heiner, um cara com defeito no controle do movimento que vacila quando caminha. Ele quer se mudar para a casa porque acha que o “amor livre” é praticado na comuna esquerdista.
No inicio, os okupas o rejeitam, mas quando o despejo da casa ameaça, é o Heiner, de todas as pessoas, que poderia salvá-los. Não tendo outra escolha, os okupas concordam em transformar a casa em um “projeto comunitário para a integração de pessoas com necessidades especiais” – e o Heiner se muda para cá.
A casa e salva, mas logo a chapa tá quente pois o Heiner tenta mudar todas as regras …

“Com muita ironia Drawe descreve a falta de compreensão entre as gerações.”
“Um estudo científico, provando que o pudim de chocolate não deve ser mantido na geladeira comunitária.”
“Depois de ler a história, você vai desejar ter feito parte dela.”
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SOBRE O AUTOR
No início da década de 1980, Matthias Drawe morava em uma casa okupa. Em 1991, fundou Kellerkino, um cinema de arte em Berlim-Kreuzberg. Depois de filmar três longas-metragens independentes em Berlim, Drawe mudou-se para Nova York e trabalhou como jornalista da Deutschlandradio Kultur, a rádio nacional da Alemanha. Atualmente, mora no Rio de Janeiro. Para mais informações sobre o autor, consulte Wikipédia (em inglês).