A CASA DA RUA HANS STADEN 23: Onde a loucura joga xadrez, estuda filosofia e lava o banheiro

APRESENTAÇÃO

ERA UMA RUA SEM SAÍDA, DO TIPO DAQUELAS QUE NINGUÉM NOTA. Nela, uma ‘Casa’ ‘invisível’, de dois andares, habitavam psicóticos, esquizofrênicos, bipolares, depressivos… E, a princípio, entre eles, um ‘alcoólatra’.

Os terapeutas, psicólogos, psiquiatras… Não gostavam de chamar a ‘Casa’ de ‘clínica’. Uma vez que já fora fechada pelo Ministério Público, e reaberta após registrar-se com o seu primeiro alvará.

Nela, morava o cantor (já falecido) ‘Michael Jackson’, o assessor direto dele; um ‘marechal de Minas Gerais’, dentre outras ‘celebridades’ e ‘autoridades’. ‘Ser’ ou ‘não ser’ era uma questão de ilusão e acreditamento.

O tratamento terapêutico era ‘alternativo’, não reconhecido pela ‘Medicina’, segundo aqueles que nela trabalhavam, ‘tradicional’. Estudava-se Friedrich Nietzsche, Immanuel Kant, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Jean-Paul Sartre, Gilles Deleuze e o pai da psicanálise, Sigmund Freud.

Repleta de estantes com livros de sociologia, antropologia, biografias, ensinava-se e jogava-se xadrez. Os pacientes dormiam em colchonetes, lavavam o banheiro, louça, cozinhavam, varriam o chão.

Era um processo de ‘ressocialização’. Era permitido usar equipamentos de informática com internet e telefones celulares. Não havia câmeras de segurança, muros de cinco metros, enfermeiros. Era uma ‘Casa’ muito ‘engraçada’.

E seria, se não ultrapassasse os limites do bom senso e da legislação. Este livro de poemas, no entanto, não é um E-boo/denúncia. E visa mostrar a ‘outras cercanias’, além da Rua Hans Staden, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, de forma poética, como foi a passagem por ela, por 53 dias, do jornalista Ricardo França.

Então assessor da Secretaria de Estado de Segurança e das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), ele foi internado após ter sofrido, por cerca de um ano, diariamente, ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO, o que o levou a entrar num processo de depressão crônica (posteriormente diagnosticada como bipolaridade).

A psicomotricidade (metodologia adotada pelos terapeutas) ajudou no processo de recuperação. O outro lado da história, no entanto, não é contada neste livro. Ao final, há outros poemas escritos em outras duas clínicas de tratamento.

O AUTOR

RICARDO FRANÇA DE GUSMÃO
https://mapas.fundacc.sp.gov.br/agentes/edita/524/

Nascido no dia 11 de maio de 1968, o JORNALISTA INVESTIGATIVO, PROFESSOR E POETA, RICARDO FRANÇA DE GUSMÃO, é filho de advogado e de professora, sendo o mais velho de seus três irmãos. Formou-se em Jornalismo pela Universidade Gama Filho, em 1992, e é pós-graduado em Telejornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Ao se formar, ingressou como repórter da madrugada no jornal O DIA, promovido, mais tarde, a Repórter Especial.

Especialista em Segurança Pública e Direitos Humanos, laureado com três prêmios de jornalismo, sendo dois internacionais, de Direitos Humanos, França foi editor-chefe dos dois Portais das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), no RJ, entre 2007/2013, quando exerceu o cargo de assessor de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança, durante a gestão do Secretário José Mariano Beltrame.

Vencedor do PRÊMIO INTERNACIONAL DE REPORTAGEM IAPA Excellence in Journalism Award, da Interamerican Press Association (IAPA), pelo jornal O DIA/RIO-RJ, em 1997.

Oferecido pela Sociedade Interamericana de Imprensa, A SÉRIE DE REPORTAGENS FOI CONSIDERADA PELA SIP, A MAIOR CONTRIBUIÇÃO DA IMPRENSA CONTRA O TRÁFICO DE DROGAS NAS AMÉRICAS.