As flores nem sempre representam os melhores caminhos, elas enfeitam e perfumam o ambiente, mais ninguém sabe o que pode encontrar no meio delas. As vezes aqueles que caminham sobre espinhos, podem sofrer ferimentos, mais o corpo com o tempo se regenera, já as flores murcham e perde a vida, as cores. A caminhada representa os dois lados da moeda, as vantagens e desvantagens de viver na vida do crime. Os colarinhos vem de berço, a personalidade deles é moldada na infância, e na fase adulta colocam em ação, toda podridão que herdou dos pais. Comigo foi diferente, eu armei emboscadas, cai nas armadilhas e festejei no inferno. Eu caminhei sobre os espinhos da vida, e aprendi viver com as cicatrizes. Eu vejo muita gente cercada de flores, condenando a própria existência na terra, deixando de fazer o que tem vontade, eles vivem preocupados com o julgamento dos outros. Eu curto cada dia, faço o possível para estar bem no decorrer deles, as críticas são consequências da minha conduta, eu não posso me prender nelas. Eu sei muito bem o que esperar do crime organizado, mais não sei o que passa na cabeça da polícia, que deveria proteger o cidadão, mais de repente coloca preço no próprio caráter. Falando de amor eu reservei uma porcentagem maior, porque romance é o meu forte. Parece baseado num jogo de interesses, mais resumindo é puro impulso da idade. Nos dilemas das facções criminosas, embarcou a minha personagem, na opinião dela o bem e o mal pode estar em plena sintonia, desde que seja praticado em doses discretas. Títulos honoríficos congratulações e uma vida impecável, não representa o poder absoluto. O poder está nas mãos daqueles que raciocina, manipula, cativa. As organizações criminosas é um belo exemplo de poder popular, elas atraem multidões, estou salvando alguns adeptos. O poder popular não está na mão do governo a muito tempo, o crime se apoderou deste poder, mais isto é bem maquiado, por causa das represálias que os irmãos do PCC sofrem constantemente. Sobre os nossos desencontros, só resta lamentar, afinal não posso obrigar alguém me amar, ou conviver comigo, existem paixões passageiras e eu entendi muito bem quando terminou a minha, confesso que retrocedi algumas vezes, eu estava tentando me sentir melhor, eu não rastejei, nem agi igual os vermes, eu não tive recalque. O resumo do nosso debate, é culpa do acaso, talvez se eu não tivesse aceitado o convite, não estaria naquela festa , também não perderia a cabeça tantas vezes. Dizem que adoeci por causa das mágoas que acumulei aqui dentro, eles não imaginam o quanto eu extravasei neles. Eu apoio os seus extermínios, vou ser sempre a sua contenção no tráfico de drogas, seu braço direito no partido. Algo me diz que a muralha que existe entre nós está prestes desmoronar, e juntos partiremos para outras cenas de extermínios, outras guerras no partido. A liberdade é um bem precioso, deveria ser privilégio apenas para os seres humanos, independente da sua periculosidade, não esqueça da sua humanidade, ou perderá os direitos humanos. O doze é adianto, não é falcatrua, nem motim de passa fome, tem muito bicho com arma em punho, usando terno e gravata no Brasil, eles cresceram as custas do tráfico de drogas, consequentemente lavando dinheiro público. A gente não falha na missão, vamos separar o joio do trigo, e pegar um por um, os fortes sobrevivem.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Keller Freitas
- ASIN: B07JW9XTZ8
- Idioma: Português
- Tamanho: 1486 KB
- Nº de Páginas: 34
- Categoria: Policial, Suspense e Mistério
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro A Caminhada, escrito por Keller Freitas. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.