A Arte de Viajar no Tempo

A ele está proibido brincar, ler revistas, livros, jogar ou qualquer outra coisa. A única diversão possível resume-se a algo que ele não gosta: um livro sobre pintura, que pertence à mãe, estrategicamente colocado sobre seu baú de brinquedos, agora trancado. A mãe de Rafael, aliás, havia pintado um quadro que agora enfeitava o quarto dele, onde três garotos empinavam pipas sob um imenso céu amarelo, quase laranja. Entediado, Rafael acaba mexendo no relógio que ganhara e, por fim, adormece.

Quando acorda, percebe que está entre três meninos que empinam pipa – Léo, Edu e Sassá. Acaba ficando amigo deles e aprende a empinar pipas também. Logo, fica sabendo que havia um quarto garoto, chamado Vico, que teria sido raptado pelo terrível velho-sem-orelha.
Rafael então propõe aos meninos que procurem o tal sujeito, mas todos relutam, com a exceção de Leonardo. Juntos, partem para uma jornada que tem como cenários paisagens retratadas em diversos quadros famosos – embora não saibam disso –, como “Dama com Arminho”, “Mona Lisa”, “A persistência do Tempo”, “A Leiteira”, “Delft”, “O Grito”, “Nenúfares”, “Noite Estrelada” e “O Quarto”.

As aventuras pelas quais Rafael e Léo – e depois, Sassá e Edu – passam, relacionam-se com diretamente com esses cenários, por vezes com interações com os próprios autores das obras, como Vermeer e Rembrandt. Em meio a enigmas e saltos no tempo, eles fazem de tudo para encontrar o companheiro que falta, Vico, e enfrentar o velho-sem-orelha.