A Anatomia da Besta (Corações Sombrios Livro 2)

Dizem que o Duque de Beaumont é uma Fera: um gigante de temperamento explosivo, cicatrizes visíveis e uma propensão à violência que mantém a sociedade londrina à distância. Para Lady Matilda Ashford, isso é um erro de classificação taxonômica. Onde os outros veem perigo, ela vê hipérbole biológica. Onde as damas veem um monstro, ela vê um espécime fascinante com uma necessidade patológica de validação externa. Tudo muda quando o Duque, ofendido por ser diagnosticado em vez de temido, decide invadir o santuário científico de Matilda para provar sua virilidade. Ele espera gritos e desmaios; ele recebe críticas sobre sua postura e alertas sobre a fotossíntese das plantas. Inicia-se então um jogo de gato e rato onde as regras da sedução são reescritas. Ele não traz flores; ele traz “amostras biológicas”. Ele não recita poemas; ele rasga camisas “acidentalmente” para exibir a musculatura. Ele quer ser o herói de uma ópera trágica, mas Matilda está interessada apenas na mecânica de seus ossos. Mas quando a curiosidade científica de Matilda encontra a vaidade desesperada de Evander, um acordo profano é selado nas sombras de um laboratório poeirento. Ele oferece o acesso aos segredos da medicina que o mundo nega a uma mulher. Em troca, ele exige apenas a atenção dela. Mas enquanto Matilda prepara seus bisturis para dissecar a Fera, ela começa a perceber um risco que não calculou em suas estatísticas: o que acontece quando o objeto de estudo, quente, vivo e pulsante, decide que quer ser dissecado… desde que seja pelas mãos dela? A incisão foi feita. Agora, resta saber se o coração da Fera sobreviverá à cirurgia.