28 Chances

Existem histórias que começam com era uma vez. A minha começou com uma mala, um voo e um país que não era meu. Tudo começou quando eu deixei o Rio de Janeiro para trás e pousei na Irlanda achando que ia só recomeçar, mas ninguém avisa que recomeçar significa se perder um pouco antes de se encontrar. A gente se perde no medo, na tristeza, na dor. A gente se perde na coragem na alegria, no amor. A gente se perde tentando voltar, mas a verdade, é que a gente só se encontra quando a gente se perde. Eu achava que estava apenas mudando de endereço, mas descobri que estava mudando de vida. Entre ruas frias, cafés apertados, coincidências que pareciam sinais, rostos que me tiravam o ar (no bom e no pior sentido), quase-amores, histórias inacabadas, expectativas demais e respostas de menos… eu descobri que antes de gostar de qualquer pessoa, eu precisava aprender a gostar de mim. “28 Chances” é uma história sobre crescer longe de casa, sobre coragem e sobre todas as vidas que a gente vive enquanto tenta descobrir o que realmente merece. Aprendi que o coração erra mesmo quando tenta acertar. Que algumas pessoas são capítulos e outras não deviam passar de um parágrafo. E que, às vezes, o maior mistério não é quem entrou ou quem saiu, mas quem eu estava me tornando enquanto tudo acontecia. São 28 chances . Algumas que eu vivi. Outras que eu perdi. E, quem sabe… talvez alguma seja sua também.