O Mercúrio e o Lenhador
Um lenhador estava derrubando uma árvore na margem de um rio, quando o seu machado, escorregou das suas mãos e caiu no rio, o lenhador se lamentou dizendo:
– “Não acredito, quanta má sorte, como terminarei meu trabalho?”
Enquanto o lenhador se entristecia, apareceu Mercúrio, ao perceber que o seu machado havia caído na água, mergulhou para pegá-lo, depois um tempo ele apareceu e perguntou:
– “Esse machado feito de ouro é o seu?”
Respondeu o lenhador:
– “Não, não é esse.”
Outra vez o Mercúrio mergulhou e encontrou outro machado, ele disse:
– “Esse machado feito de prata é o seu?”
Respondeu o lenhador:
– “Não, esse também não é meu.”
Outra vez Mercúrio mergulhou e encontrou outro machado, ele disse:
– “Esse machado comum é o seu?”
Respondeu o lenhador:
– “Sim, é esse mesmo, muito obrigado, muito obrigado por ter recuperado o meu machado.”
O Mercúrio ficou muito feliz pela honestidade do lenhador, então como recompensa decidiu dar a ele os dois machados anteriores.
O lenhador terminou de realizar o trabalho e voltou para casa, ele contou para seus companheiros o que havia acontecido, mas um deles estava cheio de inveja da sua fortuna e decidiu ir até o local para ver se conseguia a mesma sorte.
Ao chegar lá, ele começou a cortar as árvores, mas tentando propositalmente que seu machado caísse no rio, quando seu machado havia finalmente caído, ele berrou:
– “Como isso foi acontecer? Como vou trabalhar agora?”
Como antes, o Mercúrio apareceu, ficou sabendo da situação daquele lenhador e mergulhou para recuperar o machado, ele encontrou um machado feito de ouro, mas antes de perguntar para ver se era dele, o lenhador gritou:
– “Isso é meu! Isso é meu! Dá ele para mim.”
O lenhador estendeu a mão para poder receber o seu prêmio, mas o Mercúrio não deu a ele, o Mercúrio ficou tão enojado com a sua desonestidade, que não deu o machado feito de ouro e nem quis procurar pelo seu verdadeiro machado que havia caindo no rio.
Moral da história: A honestidade traz recompensa, a desonestidade traz punição.
Fonte: Fábulas de Esopo